quinta-feira, 6 de março de 2008

Nascemos grudados no assento


Sim, nascemos. Como podemos explicar a qualquer ser civilizado nossa incorrigível mania de pararmos nossos veículos - motos, carros, caminhões - quase dentro de nosso objetivo? Poderíamos ficar aqui citando inúmeros casos sem muito esforço, mas acho melhor sermos práticos, porque não analisar o que dizem os próprios "folgados"?




Cena 1: Na marmitaria trez motos paradas sobre a calçada, conheço todos seus pilotos, já me conhecem, ou melhor, conhecem minha ladainha: dão risada, ficam vermelhos e relutantes começam a retirar as motos depois de mais uma vez alertá-los que atrapalham inclusive os próprios clientes do lugar. A explicação: é mais perto para carregar as "marmitas e marmitex". Os fatos: estão a dez metros da cozinha do estabelecimento, se estacionassem regularmente estariam a 12 metros...




Cena 2: Uma moto toda caracterizada "SEDEX" parada sobre a calçada do meu prédio, quando estou chegando, o motoqueiro - esse é o real termo para ele - acaba de fazer sua entrega, sobe na dita e dá partida, atravessa a rua PERPENDICULARMENTE, sobe na calçada da casa em frente, pára a moto, desce, pega um pequeno volume para entrega no referido endereço. A explicação: está com pressa! Os fatos: gastou mais tempo que o necessário caso estacionasse seu veículo uma única vez e atravessasse a rua a pé...




Cena 3: Um utilitário para entrega de garrafões de água estaciona entre os 2 portões de meu prédio e por azar dele, na exata hora em que eu chego; como estava de moto, conseguiria entrar na garagem, mas e os outros? Ao tentar explicar-lhe que era hora de almoço, que ninguém entraria ou sairia do prédio daquela forma, de que como ele teria que levar o galão até o apartamento e tal, veio a explicação em forma de pergunta, exaltada e grosseira: "E onde que eu vou parar?" poderia lhe responder de muitas formas grosseiras também, mas vamos a... Os fatos: apontei-lhe 3 ótimas opções, todas a não mais que 8 metros...




Cena 4: Como costumo questionar todos os protagonistas desses atos, ficaria por horas aqui escrevendo, então fica aqui o espaço para que manifestemos nossa indignação ( ou seria nação indgina? )