domingo, 23 de novembro de 2008

Transporte Alternativo


Muito oportuna a reportagem deste domingo (23/11) no JC sobre a opção que se tem feito cada vez mais pelos chamados transportes alternativos. Assunto moderno, politicamente correto, nos traz a grata satisfação ao se constatar que boa parte das pessoas tem optado como uma nova maneira de praticar uma atividade física, uma pena que muitos ainda só o fazem por absoluta necessidade, mas a prática acaba despertando nesses a consciência da Vida saudável e incorporam em seu dia-a-dia um hábito salutar.
Hoje temos cada vez mais opções de combustíveis para nossos veículos, alguns poluem mais outros menos, mas poluem sempre; assim como os veículos. No caso das motocicletas por exemplo, apesar de sua larga utilização por serem econômicas no valor absoluto de gasto de combustível, pode-se notar facilmente que por pesar algo como 200 kg com motorista, sua performance é de pouco mais que 30 km/l, muito pouco se comparada a um veículo com 1000 kg e consumindo um litro a cada 12 km, podendo levar até 5 pessoas, aliado a isso podemos também constatar que esses veículos, as motos, lançam até 20 vezes mais poluentes na atmosfera do que um veículo normal que tem controlado sua emissão de poluentes por lei.
De toda forma, sem dúvida alguma o veículo mais eficiente que pode ser utilizado pelo o homem é a boa e velha bicicleta. Não polui, não requer grandes espaços de estacionamento, propicia uma Vida saudável e te leva longe, cada vez mais longe. Em nossa querida Bauru, mesmo sem um sistema cicloviário descente - somos uma cidade de filosofia escensialmente rodoviarista - muitos são os adeptos que conseguem "contaminar" cada vez mais cidadãos sobre os benefícios desse que é considerado no Mundo todo o mais racional dos meios de transporte.
Sobre as ciclovias é importante notarmos que a da Avenida Getúlio Vargas mensionada na matéria, não existe, já que não é demarcada, nem sinalizada e poucos saberiam dizer onde está implantada, se é que está e ao se pedalar por lá tem-se que dividir os espaços com os outros veículos como em qualquer outra via da Sem Limites.
Importante também os esclarescimentos sobre os acidentes com as "magrelas" e os descasos de boa parte dos usuários nos que dizem as leis de trânsito, pouco conhecidas desses, porém ficou faltando mensionar o total desrespeito de boa parte dos motoristas para com o ciclista. Inferiorizados em tamanho e massa, somos massacrados por uma sociedade que acha um absurdo ter que dividir a rua com uma "bicicletinha". Quantos motoristas sabem que se deve guardar a distância de 1,5 mts ao ultrapassar uma bicicleta? Quantos motoristas aguardam com paciência, sem businar a chance de ultrapassar com segurança alguém que está no mínimo contribuindo com o planeta onde todos moramos? Porque um motorista sempre acha que a bicicleta é tão lenta que ele pode acelerar e imediatamente virar a frente do ciclista, atirando o infeliz ao solo, ou depois querendo cobrar do incauto o retrovisos quebrado?
Bem, isso é um assunto extenso, mas o mais importante é colocarmos a sociedade, o cidadão, as autoridades para pensar. Esse exercício com certeza será benéfico e em direção a Evolução dos costumes, trazendo uma harmoniosa convivência entre todos, num futuro - próximo, esperamos - de Paz e respeito.