quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Nosso Mundo confuso



Sim, não é montagem nem ilusão de ótica, é o exemplo da confusão em que estamos metidos pela nossa omissão, leniência e preguiça ou talvez seja o exato retrato de nosso parque industrial bauruense. Você vem seguindo pela SP 225, conhecida nesse trecho por Bauru-Jaú, mas oficialmente "Comandante João Ribeiro de Barros" (?) e quando passa por uma rotatória se depara com esse tipo de informação. Deve ser algum tipo de expediente para nos manter desinformados, afinal quem em sã consciência colocaria uma placa assim, indicando um distrito industrial por uma via asfaltada novinha e que em menos de 100 metros acaba numa cerca? Pior: cerca de 500 metros à frente uma nova rotatória com o mesmo desenho, mas sem placas que nos leva para dentro do referido distrito. Dizem que é fácil criticar, mas vamos e venhamos, hoje é uma obrigação, dinheiro público foi "torrado" nessas obras e quem fiscaliza?

Nos mantendo regionalmente é possível constatar que a mesma SP225 no trecho conhecido como Jaú-Ibitinga leva o nome de Engº. Paulo Nilo Romano, assim como no trecho conhecido por Bauru-Ipaussú a SP225 chama-se "João Cabral Renó" e mais em cada um desses trechos os trevos, rotatórias e demais disposivos de circulação são devidamente batizados com nomes de relevância local, mostrando a intensa atividade de nossos políticas em seus gabinetes na frenética procura por nomes a serem homenageados. Até acessos e trevos hoje são nominados, será que a forma com que os cidadãos identificam os locais de forma simples não seria o mais correto? ou será que quando alguém nos pede uma informação podemos dizer procure pelo trevo "Prefeito Dr Alfeu Fabris" e estaremos localizando-o melhor que se dissermos pegue a entrada do Centro Canavieiro em Jaú? E os viadutos? até hoje nenhum político me esplicou - como se fossem capazes de explicar algo - porque a imensa maioria de viadutos é batizado com nomes de maestros.

Não sei bem em outras cidades, mas na nossa querida Bauru a profusão de nomes de bairros, beira o delírio. Em um único cruzamento com quatro postes e oito placas com nomes de ruas conseguimos listar seis, sim seis bairros diferentes o que num país de grande densidade em analfabetos funcionais é suficiente para deixar até os frequentadores diários da região completamente desnorteados e incapazes de dar uma informação segura para alguém. Será que toda essa bagunça não seria exatamente para nos manter confusos e entretidos com essas bizarrices e sem tempo para estudarmos os movimentos dos canalhas de sempre que estão a nos preparar as surpresas de sempre? Céus! Encerro aqui e vou para minha trincheira tentar observar os passos silenciosos dessa alcatéia que nos depena...

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