quarta-feira, 25 de junho de 2008

Que Mundo é esse?


Realmente fácil criticar, palpitar, dar pitacos, sou bom nisso, mas o duro é FAZER. Tenho me envolvido em várias atividades, gosto de participar de tudo que acontece em meu Mundo e como tenho tentado ampliar meus horizontes... meu Mundo está cada vez melhor e MAIOR! Tenho procurado motivar a todos que se aproximam de mim. Meu sorriso se alarga quando vejo nas pessoas aquele brilho fantástico em seus olhares, parecem crianças ávidas pelo novo brinquedo. Isso é o combustível da Vida, é o sopro que impulsiona a tudo e a todos como se fosse um tornado criado para a criação, pela criação. Nossa humanidade tem se esmerado em motivar-se para o nada, o superfluo, o "ter". Esquecemos do "Ser", do Existir. Cada dia que passa o que escutamos daqueles que se prestam a declarar algo parece só nos levar a coisas fúteis, não engrandecemos mais nada além de "desenvolvimento", "crescimento", "superavitis". Estamos estudando cada vez mais o "economês". Ninguém mais estuda a Mente. Ninguém mais desenvolve o convívio com seu semelhante. Ninguém mais promove o crescimento interno. E o superavit da Alma? Como queremos Felicidade se não promovemos a Felicidade? Estamos criando gerações cada vez mais egoístas. estamos nos encastelando com nossas famílias empunhando a bandeira da Segurança. Temos vergonha de sermos o que somos. Escondemos tudo o que temos ao invéz de expormos o que somos.
Nesses últimos tempos tenho sido agraciado com grandes emoções, todas elas vindas de tempos passados com a celebração da Amizade, reencontros... nada de falsa nostalgia, mas que éramos felizes isso éramos. Nos tempos em que íamos a clubes encontrar com os amigos, cada um tinha sua turma e como era bom estar em sociedade; partilhar, dividir, unir, cooperar.
Hoje cada um tem sua própria piscina e vive numa enorme sofreguidão por não se sentir tão popular quanto o Amigo que tem sempre a sua piscina mais frequentada. Cada um de nossos filhos tem sua própria TV, o próprio PC no próprio quarto, além de celular, amigos, roupas. Não partilhamos mais nada. Não se ve mais famílias juntando-se para o jantar e depois assistir a novela juntos. Cada um está mais preocupado em fomentar sua individualidade. Ah, cada um tem seu próprio cachorrinho, que tem sua agenda individual, seus horários no pet shop... mas nossos velhos estão sendo esquecidos, não lhes damos mais a oportunidade de expor toda sua experiência de Vida, suas aflições seus desejos e anseios. As pessoas passam horas conversando com seus animais de estimação, mas não se prestam a ouvir seus ascendentes. Que Mundo é esse?

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